A greve dos professores da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) e Universidade Estadual da Região Tocantina (UEMASUL), completou nesta quarta-feira (24), dois meses de paralisação. A greve tem prejudicado milhares de estudantes que reclamam da falta de aulas e atraso no ano letivo. Mais de 51 mil universitários estão sem aulas.
A paralisação começou no dia 24 de agosto e até o momento não há previsão de quando a greve vai acabar. Os professores cobram, do governo do Maranhão, a realização de concurso público para a recomposição do quadro de professores efetivos, a nomeação de professores já concursados e melhorias estruturais nos campus.
De acordo com o sindicato dos professores a UEMA conta com 800 professores efetivados e 600 professores com contratos temporários, já a UEMASUL conta com 151 professores efetivados e 152 professores temporários.
Em protesto, o Sindicato dos professores da UEMA e UEMASUL pedem ainda reajuste salarial de 50,28% e afirmam que o salário está defasado há 10 anos. Dizem ainda que o governo retirou R$ 168 milhões do orçamento das universidades estaduais no primeiro semestre deste ano, ‘sucateando ainda mais as instituições’.
Por meio de nota o Governo do Estado informou que tem avançado nas negociações desde a implantação do comitê formado pelas secretarias de Monitoramento de Ações Governamentais (Semag), de Administração (Sead), de Planejamento (Seplan) e Transparência e Controle (STC). O Governo disse que segue esclarecendo aos grevistas o atual quadro nacional de queda de repasses que compromete o equilíbrio fiscal das unidades federativas e gera um cenário de contingenciamento de despesas. Desde o início do movimento, diversas reuniões já foram realizadas para discutir a pauta do reajuste salarial, dentro dos limites orçamentários e das exigências da Lei de Responsabilidade Fiscal.
Calendário Letivo
Sobre as aulas, tão logo o movimento seja encerrado, será elaborada uma recomposição do calendário letivo.
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