No último domingo (15), foi comemorado em todo país o dia do professor, a data celebra a importância dos profissionais da educação que auxiliam na formação de diversas pessoas. No entanto, no Maranhão o dia foi comemorado sem professores nas salas de aulas das universidades UEMA e UEMASUL.
A greve dos professores da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) e da Universidade Estadual da Região Tocantina (UEMASUL) atingiu a marca de cinquenta e três dias de paralisação. Essa situação tem deixado mais de 51 mil universitários sem aulas e gerado preocupação quanto ao atraso no ano letivo.
A greve, que começou há mais de sete semanas atrás, tem afetado consideravelmente a rotina acadêmica e o aprendizado dos estudantes. Os docentes reivindicam melhorias nas condições de trabalho, aumento salarial e a garantia de direitos, entre outras demandas.
De acordo com o sindicato dos professores a UEMA conta com 800 professores efetivados e 600 professores com contratos temporários, já a UEMASUL conta com 151 professores efetivados e 152 professores temporários.
Os professores cobram, do governo do Maranhão, a realização de concurso público para a recomposição do quadro de professores efetivos, a nomeação de professores já concursados e melhorias estruturais nos campus.
Em protesto, o Sindicato dos professores da UEMA e UEMASUL pedem ainda reajuste salarial de 50,28% e afirmam que o salário está defasado há 10 anos. Dizem ainda que o governo retirou R$ 168 milhões do orçamento das universidades estaduais no primeiro semestre deste ano, sucateando ainda mais as instituições.
Por meio de nota o Governo do Estado, informou que por meio de comitê formado pelas secretarias de Monitoramento de Ações Governamentais (Semag), de Administração (Sead), Planejamento (Seplan) e Transparência e Controle (STC) tem realizado rodadas de negociações e esclarecido aos grevistas o atual quadro nacional de queda de repasses que compromete o equilíbrio fiscal das unidades federativas e gera um cenário de contingenciamento de despesas.
O Governo do Maranhão informou que permanece aberto ao diálogo com os docentes das universidades Estadual do Maranhão (UEMA) e Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (Uemasul) e continua em negociação com a categoria. Desde o início do movimento, diversas reuniões já foram realizadas para discutir a pauta do reajuste salarial, dentro dos limites orçamentários e das exigências da Lei de Responsabilidade Fiscal.
Sobre as aulas, tão logo o movimento seja encerrado, será elaborada uma recomposição do calendário letivo.
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