O IPCA-15, a prévia da inflação, foi de 0,35% em setembro, segundo anúncio feito nesta 3ª feira (26.set) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No ano, o índice acumula alta de 3,74%.
Em relação a agosto, houve um aumento de 0,07 ponto percentual na taxa. A alta da gasolina (5,18%) foi um dos principais motivos que impactaram o índice neste mês.
Seis dos nove grupos pesquisados registraram alta em setembro. A maior variação (2,02%) e o maior impacto (0,41 p.p.) vieram de Transportes, influenciado pela alta da gasolina. O grupo Habitação (0,30%) desacelerou em relação a agosto (1,08%), impactado pela queda do valor do gás encanado (-0,46%) em duas capitais, Curitiba e Rio de Janeiro.
Entre as quedas, o destaque ficou com Alimentação e bebidas (-0,77%). Ela acontece, principalmente, por causa da alimentação no domicílio (-1,25%), o que já havia acontecido nos últimos três meses. Destacam-se as quedas da batata-inglesa (-10,51%), da cebola (-9,51%), do feijão-carioca (-8,13%), do leite longa vida (-3,45%), das carnes (-2,73%) e do frango em pedaços (-1,99%).
Das 11 áreas pesquisadas, somente uma apresentou variação negativa em setembro. A menor variação ocorreu em Salvador (-0,03%), por conta da queda nos preços da cebola (-16,60%) e das carnes (-3,95%). Já a maior inflação foi registrada em Belém (1,00%), por influência da alta da energia elétrica residencial (8,81%) e da gasolina (6,51%).
No ano, a prévia da inflação acumula alta de 3,74% e, em 12 meses, de 5,00% — ficando acima dos 4,24% registrados nos 12 meses anteriores. Em setembro de 2022, a taxa foi de -0,37%.
Entenda o que é o IPCA-15
– O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) é considerado a prévia da inflação do país;
– O IPCA-15 utiliza a mesma metodologia do IPCA, a inflação oficial. A diferença está no período de coleta dos preços, que vai do dia 16 do mês anterior ao dia 15 do mês atual, e na abrangência geográfica;
– Assim como o IPCA, o índice tem como objetivo medir a inflação de um conjunto de produtos e serviços comercializados no varejo e consumidos pelas famílias brasileiras;
– O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos;
– Ele abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia.
Fonte: SBT News