Na manhã desta segunda-feira (25), representantes do Ministério Público do Maranhão, os reitores da UEMA e UEMASUL e o sindicato dos professores se reuniram na tentativa de mediar as negociações. No entanto, até o momento, não houve avanço na conciliação entre o sindicato e o governo, e a greve continua. Mais de 51 mil universitários estão sem aulas.
De acordo com o sindicato dos professores a UEMA conta com 800 professores efetivados e 600 professores com contratos temporários, já a UEMASUL conta com 151 professores efetivados e 152 professores temporários.
A paralisação começou no dia 24 de agosto e até o momento não há previsão de quando a greve vai acabar. Os professores cobram, do governo do Maranhão, a realização de concurso público para a recomposição do quadro de professores efetivos, a nomeação de professores já concursados e melhorias estruturais nos campus.
Em protesto, o Sindicato dos professores da UEMA e UEMASUL pedem ainda reajuste salarial de 50,28% e afirmam que o salário está defasado há 10 anos. Dizem ainda que o governo retirou R$ 168 milhões do orçamento das universidades estaduais no primeiro semestre deste ano, ‘sucateando ainda mais as instituições’.
Por meio de nota, o Governo do Maranhão informou que permanece aberto ao diálogo com os docentes da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) e da Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (Uemasul). Desde o início do movimento, diversas reuniões já foram realizadas para discutir a pauta do reajuste salarial, dentro dos limites orçamentários e das exigências da Lei de Responsabilidade Fiscal. O Governo tem esclarecido aos grevistas o atual quadro nacional de queda de repasses que compromete o equilíbrio fiscal das unidades federativas e gera um cenário de contingenciamento de despesas.
O governo disse ainda, que atualmente 55% dos campi da UEMA estão com aulas normais e outros 20% tiveram as aulas parcialmente afetadas, em todo o Maranhão. Tão logo o movimento seja encerrado, será elaborada uma recomposição do calendário letivo.
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