O general de Exército Costa Neves disse em coletiva, nesta semana, que o Comando Conjunto das Forças Armadas referente à Operação Ágata Fronteira Norte e as agências participantes desta proporão ao Governo Federal medidas a serem adotadas para que sejam consolidadas as conquistas obtidas, neste ano, no combate ao garimpo no território Yanomami em Roraima.
“Porque nós não podemos retroceder. Muito pelo contrário, nós temos que avançar. Se mais de 90% deles foram embora, nós vamos buscar zerar essa atividade. Mas nós temos que fazer o planejamento de medidas de curto, médio e longo prazo, para garantirmos que esses resultados que nós alcançamos sejam consolidados e persistentes. Porque o Yanomami continuará precisando deste apoio, nós precisamos manter a terra indígena livre de crimes ambientais”, complementou Costa Neves.
Na coletiva de imprensa, as Forças Armadas apresentaram os resultados das operações de ajuda humanitária aos indígenas e combate ao garimpo ilegal realizadas na terra indígena em Roraima. Os valores dos materiais apreendidos/inutilizados desde o início das ações, em fevereiro, como cassiterita, combustível e ouro, somam R$ 30.972.825,00.
As operações Yanomami e Ágata Fronteira Norte entregaram 23.438 cestas básicas a indígenas. Além disso, 2.424 pessoas receberam atendimento médico, foram transportados 661.500 kg em cargas, e as horas de voo totalizam 5.200.
Além do Exército, Marinha e Aeronáutica, atuaram e atuam nas operações agências e órgãos de segurança pública, como a Polícia Federal (PF) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Segundo os militares, mais de 90% dos garimpeiros ilegais que se estimava ter no início do ano (20 mil) já deixaram o território Yanomami, e agora as Forças e as demais entidades trabalham para expulsar os restantes e, por meio da neutralização dos equipamentos deixados e estrangulamento das fontes de apoio logístico, impedir o retorno dos criminosos.
Segundo o general de Exército Costa Neves, comandante da Ágata Fronteira Norte, o número de voos clandestinos dos garimpeiros diminuiu 95% graças às duas operações feitas no período a partir do início de fevereiro.
A Ágata Fronteira Norte continuará, conforme o militar, “enquanto o decreto estiver em vigor e enquanto a coordenação dos ministérios em Brasília julgar que é necessária a continuação”.
As atribuições dos militares no enfrentamento ao garimpo ilegal incluem realizar ações de monitoramento e efetuar prisões em flagrante. Na vertente humanitária, devem, por exemplo, fazer a distribuição de cestas básicas aos indígenas, obrigação que já tinham na Operação Yanomami também.
Fonte: SBT News
Tags: Brasil, exército, garimpeiros, militares, operação, Território Yanomami