A área de alertas de desmatamento caiu 33,6% na Amazônia no primeiro semestre de 2023, quando comparado com o mesmo período do ano anterior. O dado foi divulgado pelo sistema Deter do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que coleta os alertas de desmate no bioma por satélites em tempo real.
Em junho, a queda dos alertas foi de 41% na comparação com junho de 2022. A entidade caracteriza o mês como um dos mais importantes para medir tendências de desmatamento, uma vez que é o início da estação seca. Isso porque grande parte da Amazônia fica livre de nuvens, deixando o diagnóstico do Deter mais preciso.
Mato Grosso foi o estado campeão do desmatamento na Amazônia neste semestre, concentrando 34% dos alertas e desbancando o tradicional líder do ranking, o Pará (28%). O município mais desmatado de toda a Amazônia foi Feliz Natal, no médio-norte mato-grossense, região que concentrou o maior número de queimadas em junho.
Apesar da baixa de alertas no primeiro semestre, o número ainda não bastou para compensar o impacto do aumento de 54% na área de alertas verificado no último semestre. Tal número fará parte da taxa oficial de devastação de 2023, já que o desmate medido pelo Inpe engloba o período de agosto de um ano até julho do ano seguinte.
No acumulado de agosto-junho, a alta no Deter ainda é de 5%. Para 2023 ser menor que o registrado em 2022, o índice de alertas de julho terá de ficar abaixo de 1.100 km2.
“Temos claramente demonstrado uma tendência de queda. O esforço de reverter a curva foi atingido; se vamos conseguir uma redução neste semestre que compense a herança do semestre anterior e ter uma taxa em novembro menor que a do ano anterior nós ainda não sabemos”, disse o secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco.
Fonte: SBT News
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