PL defende adiamento da votação da PEC da reforma tributária, dizem líderes

O deputado federal Carlos Jordy, líder da oposição na Câmara dos Deputados, disse, ao deixar a reunião do PL em Brasília, na manhã dessa quinta-feira (6), que a Inelegibilidade de Bolsonaro, a união da direita e a PEC da reforma tributária prevista para ser votada hoje foram assuntos abordados no encontro.

“A reforma tributária dominou o nosso assunto”, afirmou. A reunião continua. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) também participou. Na quarta-feira (5) ele defendeu a PEC, mas, segundo Jordy, no encontro de hoje, sinalizou que da forma que está o texto, não dá para votá-lo.

“Não teve como não falar a respeito da reforma tributária [na reunião]. O Tarcísio está incomodado com vários pontos que o relator ainda não atendeu. E ele sinalizou que da forma que está, isso é o sentimento nosso também, não dá para votar. Porque são 142 páginas, muitos pontos conturbados, divergentes, e que não temos tempo hábil para em um dia conseguir analisar tudo isso. E se for dessa forma, nós vamos fechar questão contra”.

De acordo com Jordy também, o PL pediu a Tarcísio para retirar o fechamento de questão do Republicanos para votar a favor da PEC. “Nós somos o governo que mais promoveu reformas no país, nós queremos uma reforma tributária, mas não essa da forma que está”, ressaltou. 

Tarcísio vai conversar com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), sobre a necessidade de modificar pontos e mais tempo de discussão. “De colocarmos para que a gente possa votar essa reforma depois do recesso, não agora à toque de caixa. 142 páginas é inviável”, acrescentou Jordy.

Ao deixarem a reunião, os deputados Ricardo Salles e Domingos Sávio, e o senador Rogério Marinho disseram também que é preciso adiar a votação da PEC e que, se ocorrer hoje, ao menos a maioria dos deputados do PL votarão contra.

Fonte: SBT News

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