O partido governista Nova Democracia, de direita, venceu as eleições parlamentares na Grécia neste domingo (25/06), convocadas para quebrar um impasse político após um primeiro pleito realizado há apenas cinco semanas.
Com quase todas as urnas apuradas, o partido conservador obteve 40,5% dos votos, dando ao primeiro-ministro Kyriakos Mitsotakis mais um mandato, indicam projeções.
Seu adversário mais forte, o ex-primeiro-ministro de esquerda Alexis Tsipras, e seu partido Syriza obtiveram 17,8% dos votos, menos ainda do que o previsto.
Segundo projeções, o resultado garante ao Nova Democracia 158 dos 300 assentos no Parlamento grego. Ou seja, com a maioria absoluta, o partido poderá governar novamente sozinho, como tem feito nos últimos quatro anos.
“O povo nos deu uma maioria segura. Grandes reformas prosseguirão rapidamente”, prometeu Mitsotakis, de 55 anos, logo após a vitória. Falando a uma multidão animada em frente à sede de seu partido em Atenas, o líder conservador disse ter metas “ambiciosas” neste novo mandato que podem “transformar” a Grécia.
Em eleições parlamentares realizadas em 21 de maio, o Nova Democracia também venceu, mas ficou a cinco assentos de obter a maioria absoluta no Parlamento. Em vez de tentar estabelecer um governo de coalizão, Mitsotakis optou por convocar uma segunda votação.
O Syriza reconheceu a derrota neste domingo. “Sofremos uma pesada derrota eleitoral”, afirmou o ex-premiê Tsipras, pedindo aos membros de seu partido que avaliem o trabalho de seus líderes. “Nem preciso dizer que eu serei o primeiro a enfrentar o julgamento dos membros do partido.”
Gestão econômica
O apoio à reeleição do atual premiê nestas eleições se deve principalmente à sua gestão econômica, de acordo com as pesquisas.
Apesar de a economia da Grécia ainda não ter atingido os níveis anteriores à crise da dívida de 2010, os gregos reconhecem que as pensões e os salários estão aumentando e que o país está crescendo mais rapidamente do que a média da União Europeia (UE).
Mitsotakis, que se tornou primeiro-ministro em 2019 na promessa de superar uma década de crise econômica, afirmou que “será o primeiro-ministro de todos os gregos” e que os principais objetivos de seu governo serão o aumento dos salários, o reforço da saúde pública e a modernização de um Estado que, em alguns setores, apresenta claras deficiências.
Esta é a primeira vez, desde o início da crise financeira em 2010, que um primeiro-ministro grego é reeleito após um mandato de quatro anos.
Ao todo, 32 partidos disputaram as eleições. Para entrar no Parlamento grego, as legendas precisam obter pelo menos 3% dos votos.
Fonte: DW Brasil
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