A Guarda Costeira dos Estados Unidos anunciou no domingo (25) que criou um conselho de investigação marinho para apurar a implosão que destruiu o submersível Titan durante expedição aos destroços do Titanic. O incidente matou os cinco passageiros a bordo.
Segundo o investigador-chefe da agência, Jason Neubauer, irão participar do grupo investigativo: a Guarda Costeira dos EUA, Conselho Nacional de Segurança nos Transportes dos EUA e Canadá, o conselho francês de investigação de acidentes marítimos e o Departamento de Investigação de Acidentes Marítimos do Reino Unido.
No sábado (24), o Conselho de Segurança de Transporte do Canadá já havia anunciado uma investigação própria sobre o incidente no Atlântico Norte, e, apesar de ter liberado outras agências para conduzir investigações, informou que só compartilhará aquilo permitido por lei. Gravações de voz e depoimentos de testemunha, por exemplo, são protegidos pela legislação do país.
A intenção principal, segundo Neubauer, é evitar outra tragédia em águas internacionais.
“Meu objetivo principal é evitar um incidente similar com as recomendações necessárias para aumentar a segurança do domínio marítimo em todo o mundo”, afirmou em entrevista coletiva em Boston.
Ele disse ainda que a investigação dos EUA também pode fazer recomendações sobre a possível busca de sanções civis ou criminais.
Relembre o caso
O submersível Titan, da empresa OceanGate, desapareceu em 18 de junho quando perdeu contato uma hora e 45 minutos após submergir no Oceano Atlântico para uma expedição aos destroços do Titanic. A bordo da expedição turística estavam empresários e um dos principais especialistas no naufrágio da embarcação, além do fundador da empresa responsável pela expedição, Stockton Rush. Equipes de busca do Canadá, Estados Unidos e França correram contra o tempo para achar a pequena embarcação antes que o prazo de 96 horas de oxigênio terminasse, mas o pior cenário foi confirmado na manhã de quinta-feira (22), após destroços de Titan serem encontrados a 3.800 metros abaixo da superfície.
Segundo a Guarda Costeira dos Estados Unidos, não há perspectivas de recuperar os corpos das vítimas.
Fonte: SBT News
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