O Brasil está no topo do ranking mundial de taxas de juros reais. É a sexta pesquisa seguida elaborada pela gestora MoneyYou e pela Infinity Asset Management em que o país lidera a lista. A projeção, divulgada nesta 3ª (20.jun), véspera da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central sobre os juros, contempla possibilidade de 75% manutenção da Selic nos atuais 13,75% ao ano; 15% corte de 0,25 ponto percentual e 10% corte de 0,50 pp.
O Brasil reduz parte das dúvidas na ancoragem das expectativas de inflação, com a aprovação do arcabouço fiscal. É um horizonte diferente do dos EUA, que no dia 14 de junho de 2023 mantiveram os juros inalterados, mas continuam a registrar pressões no mercado de trabalho, apesar de uma série de indicadores econômicos na linha negativa para os preços. Na Europa, ainda não se verificaram reações às elevações recentes de juros. E a Ásia preserva parte de suas medidas estimulativas, com a China reduzindo os juros.
Aos 13,75% aa e com uma combinação de menor projeção de inflação em 12 meses, o Brasil encara a possibilidade firme de ver seus juros reais ainda mais elevados no curto prazo. A 1ª colocação no ranking mundial de juros reais está assim mantida pela 6ª reunião consecutiva. O país figura ainda acima de Hungria, Colômbia, Chile e México, com uma combinação de inflação projetada para os próximos 12 meses, via coleta do relatório Focus do Bacen de 4,10%. O Brasil mantém a 1ª colocação, em qualquer cenário, seja de corte de juros de 0,25 pp ou alta de 0,25 pp.
O Brasil cede o lugar para a Argentina quando se tratam de juros em termos nominais e fica em 2º lugar. O movimento global de políticas de aperto monetário revela um aumento expressivo no número de BCs, sinalizando preocupação com a inflação. Entre 176 países, 66,48% mantiveram os juros, 29,55% elevaram e 3,98% cortaram. No ranking, entre 40 países, 47,50% mantiveram, enquanto 52,50% elevaram as taxas e 0,00% cortaram.
Veja abaixo o ranking completo:
Fonte: SBT News