O Senado dos Estados Unidos aprovou nesta quinta-feira (1°) a legislação bipartidária defendida pelo presidente Joe Biden que eleva o teto da dívida de US$ 31,4 trilhões do governo, evitando o que teria sido o primeiro calote da história.
Por 63 votos favoráveis a 36 contrários, os senadores apoiaram o projeto de lei aprovado na quarta-feira (31) pela Câmara dos Deputados, com os parlamentares correndo contra o relógio após meses de disputas partidárias entre democratas e republicanos.
O Departamento do Tesouro alertou que não conseguiria pagar todas as suas contas em 5 de junho se o Congresso não agisse com celeridade.
“Estamos evitando o calote esta noite”, declarou o líder da maioria no Senado, Chuck Schumer.
Biden elogiou a ação do Congresso. “Este acordo bipartidário é uma grande vitória para nossa economia e para o povo norte-americano”, disse o presidente democrata em um comunicado, acrescentando que sancionará a medida o mais rápido possível.
Biden esteve diretamente envolvido nas negociações do projeto de lei com o presidente da Câmara, Kevin McCarthy.
Embora esta batalha amarga tenha terminado, o líder republicano do Senado, Mitch McConnell, não perdeu tempo e já indicou a próxima luta orçamentária.
“Nos próximos meses, os republicanos do Senado continuarão trabalhando para prover a defesa comum e controlar os gastos imprudentes dos democratas de Washington.”
McConnell estava se referindo a 12 projetos de lei nos quais o Congresso trabalhará para financiar programas do governo no ano fiscal que começa em 1º de outubro, que também executará as instruções gerais do projeto de lei de limite da dívida.
Enquanto isso, a secretária do Tesouro, Janet Yellen, emitiu alguns conselhos contundentes: “continuo acreditando firmemente que a fé e o crédito total dos Estados Unidos nunca devem ser usados como moeda de troca”, como os republicanos fizeram nos últimos meses.
Antes da votação final, os senadores rejeitaram quase uma dúzia de emendas – todas elas durante uma sessão noturna em antecipação ao prazo final de segunda-feira.
Com esta legislação, o limite estatutário de empréstimos federais será suspenso até 1º de janeiro de 2025. Ao contrário da maioria dos outros países desenvolvidos, os Estados Unidos limitam o valor da dívida que o governo pode assumir, independentemente de qualquer gasto alocado pelo Legislativo.
“A América pode dar um suspiro de alívio”, disse Schumer em comentários ao Senado.
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