A direita foi a grande vencedora do segundo turno das eleições municipais na Itália nesta segunda-feira (29/05), levando a melhor em seis capitais de província e conquistando redutos da esquerda, como Ancona, capital da região de Marcas, onde os progressistas governam há mais de três décadas.
No domingo e na segunda-feira, a Itália realizou uma eleição em que os habitantes de 41 municípios foram às urnas em segundo turno, depois que nenhum dos candidatos conseguiu mais de 50% dos votos no primeiro turno, realizado em 14 e 15 de maio.
As principais disputas ocorreram em sete capitais provinciais: Vicenza, Massa, Pisa, Siena, Terni, Ancona e Brindisi, além de cerca de 100 municípios na Sicília e na Sardenha.
Com a apuração concluída, os candidatos apoiados pela coalizão conservadora formada pelos partidos Irmãos da Itália, Liga e Força Itália venceram a maioria dessas disputas: Massa, Pisa, Siena, Brindisi e Ancona, enquanto em Terni venceu uma coalizão cívica independente, mas próxima da direita.
Os resultados foram interpretados nacionalmente pela primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, como um endosso ao seu governo, apenas nove meses depois de sua vitória nas eleições gerais.
“Quero agradecer a todos os cidadãos que escolheram confiar na centro-direita, premiando nosso bom governo, nossas propostas e nossa concretude”, comemorou Meloni em um vídeo publicado nas redes sociais.
Esquerda reconhece derrota
De todas as vitórias, a mais simbólica é a de Ancona, administrada pela esquerda por mais de três décadas e que o Partido Democrático (PD), liderado por Elly Schlein, pretendia manter.
A nova líder da social-democracia na Itália não só perdeu esse importante governo local, como também não conseguiu reconquistar as cidades toscanas de Pisa e Siena, e só venceu, com uma margem de 1 ponto percentual, em Vicenza, onde seu partido concorreu em uma lista junto com as legendas de centro do Italia Viva e Azione.
No primeiro turno, os progressistas só conseguiram manter Brescia e Treamo entre os maiores municípios. “É uma derrota clara. Essas são eleições locais, mas mostram que o vento ainda está soprando fortemente a favor da direita”, admitiu a líder da oposição italiana na sede nacional do partido, em Roma.
Mais de 6 milhões de eleitores em 790 municípios votaram nas eleições locais, cujo primeiro turno foi realizado em 14 e 15 de maio e que, com uma baixa adesão de cerca de 50%, foi visto como um referendo para o governo de Meloni e o primeiro grande desafio eleitoral para Schlein.
No primeiro turno, a direita venceu em Treviso, Imperia e Sondrio (norte) e Latina (centro), confirmando o bom desempenho eleitoral da coalizão conservadora.
Fonte: DW Brasil
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