O número de mortes pela tragédia no último Carnaval no litoral paulista subiu para 54. Dos encontrados até o momento, 38 corpos foram identificados. Praticamente todas as mortes foram na cidade de São Sebastião. Outro caso foi registrado em Ubatuba.
Além dos casos registrados, boletim do governo divulgado no fim da tarde desta sexta-feira (23) afirma que mais de 4 mil pessoas estão sem casa. Desses, 2.251 pessoas estão desalojadas e 1.815 desabrigadas em todo o estado.
As buscas por desaparecidos continuam. Mais cedo, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou que 38 pessoas ainda não haviam sido localizadas – a declaração do chefe do Palácio dos Bandeirantes foi dada antes da nova divulgação do governo.
A tragédia no litoral de São Paulo deixa evidente o despreparo de cidades no país. Das 1.038 cidades que hoje têm risco altíssimo de enfrentarem os mesmos problemas após chuvas, menos de 100 tem uma rede preparada para receber famílias que vivem nas áreas de risco.
Os números são do Cemaden – Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais, órgão federal criado em 2011 para monitorar desastres. O órgão foi implementado depois das chuvas na região serrana do Rio de Janeiro, que deixaram na ocasião mais de 900 mortos. De lá pra cá menos de 100 cidades criaram estruturas que possibilitem, por exemplo, que as famílias deixem as casas quando as sirenes do monitoramento tocam.
Fonte: SBT News