Alertas de ataque aéreo soaram em toda a Ucrânia nesta sexta-feira (3), quando o presidente Volodymyr Zelenskiy recebeu líderes da União Europeia (UE) para discutir novas sanções à Rússia e as perspectivas da Ucrânia de ingressar no bloco europeu.
A chefe da Comissão Europeia e o presidente do Conselho Europeu viajaram a Kiev para demonstrar apoio à Ucrânia, perto do primeiro aniversário da invasão pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
“Não haverá trégua em nossa determinação. Também iremos apoiá-los em cada passo de sua jornada para a União Europeia”, escreveu o presidente do Conselho da UE, Charles Michel, no Twitter, hoje, com uma foto em que aparece em uma praça central de Kiev.
Não houve relatos imediatos de novos ataques de mísseis após o alerta de ataque aéreo.
Zelenskiy está pedindo mais medidas punitivas contra a Rússia por parte da União Europeia, embora as novas sanções que o bloco está preparando para o aniversário devam ficar aquém das exigências de seu governo.
Kiev se inscreveu para ingressar no bloco dias após a invasão da Rússia no ano passado. A União Europeia abraçou o pedido, apesar de ter rejeitado os apelos da Ucrânia para um caminho rápido para adesão enquanto o país está em guerra.
“A União Europeia apoiará a Ucrânia e o povo ucraniano contra a guerra de agressão em andamento da Rússia pelo tempo que for necessário”, dirão Michel, Zelenskiy e a chefe da comissão executiva da UE, Ursula von der Leyen, em declaração conjunta, cujo rascunho foi visto pela agência de notícias Reuters.
Autoridades da UE listaram vários requisitos de entrada, desde estabilidade política e econômica até a adoção de várias leis da UE. O processo provavelmente levará anos.
“Alguns podem querer especular sobre o fim do jogo, mas a simples verdade é que ainda não chegamos lá”, disse uma autoridade da UE.
Mais armas
Membros da UE disseram que os assuntos discutidos na quinta-feira (2) incluíam mais armas, dinheiro e apoio energético para a Ucrânia, melhor acesso para seus produtos no mercado da UE, sanções mais rígidas contra Moscou e esforços para processar crimes de guerra russos.
A União Europeia proibirá produtos petrolíferos refinados russos a partir de domingo, e os enviados da UE em Bruxelas pretendem concordar em limitar os preços dos produtos em todo o mundo quando seguradoras e companhias marítimas ocidentais estiverem envolvidas, para limitar a capacidade de Moscou de financiar a guerra. Um teto de preço semelhante para o petróleo bruto entrou em vigor em dezembro.
O Kremlin disse que a proibição desequilibraria os mercados globais de energia, mas que Moscou estava agindo para reduzir o seu impacto.
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