Para combater o garimpo ilegal e proteger os povos originais que ganharam manchetes nesse início de ano, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) criou nesta quinta-feira (2) a “Sala de Situação e Controle da Terra Indígena Yanomami”. A sede será no prédio da superintendência do órgão em Boa Vista, capital de Roraima, e deve operar por, no mínimo, 180 dias.
A equipe ainda não foi definida pela Diretoria de Proteção Ambiental (Dipro), uma divisão do Ibama responsável por fiscalizar e coordenar ações de emergências ambientais.
O desafio é grande. Estimam-se mais de 20 mil garimpeiros ilegais na terra indígena em busca de ouro. A exploração utiliza o mercúrio. Químico que contamina águas e peixes.
Impedir a prática criminosa será essencial para restabelecer a ordem e a saúde da população. Mais de 570 crianças morreram nos últimos quatro anos e em torno de 700, incluindo adultos, estão em tratamento atualmente por enfermidades diversas, como desnutrição, intoxiação e malária.
O governo federal instalou uma série de medidas. Entre elas, autorizou a Aeronáutica a controlar o espaço aéreo da terra indígena, para evitar o acesso dos criminosos. A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) suspendeu a concessão de novas autorizações de acesso por solo também.
Fonte: SBT News
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