Depois de comentar sobre o colonialismo na África, o papa Francisco criticou a exploração ilegal no continente. Em audiência realizada na República Democrática do Congo, na 4ª feira (1º.fev), o pontífice advertiu as tentativas de dividir o país para poder obter controle sobre as riquezas pertencentes à terra africana.
“Dirijo um apelo a todas as pessoas e entidades, internas e externas, responsáveis pela guerra no Congo. Vocês enriquecem através da exploração ilegal dos bens deste país e do cruel sacrifício de vidas inocentes. Chega! Chega de enriquecer sobre a pele dos mais frágeis, chega de enriquecer com o dinheiro sujo do sangue”, disse.
Francisco criticou ainda os conflitos que se arrastam há anos no leste do país, que é tomado por milícias rebeldes. Antes de viajar, por exemplo, o Vaticano considerou uma visita do papa a Goma, principal cidade no leste do Congo. O cronograma, no entanto, foi cancelado devido à extrema violência na região.
Isso porque o município enfrenta conflitos diários entre grupos rebeldes e o Exército congolês. Segundo o governo, acredita-se que algumas dessas milícias atuam a mando de países vizinhos ou organizações criminosas internacionais para saquear as riquezas naturais do Congo, como cobalto, cobre e diamante.
“Condeno as violências das armas, os massacres, os estupros, a destruição e ocupação de aldeias que continuam a ser perpetrados na República Democrática do Congo; e também a exploração sangrenta e ilegal da riqueza deste país. Pai, consolai as vítimas e abri os olhos daqueles que os fecham para não ver estas abominações”, disse o papa.
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